Um dia uma jovem borboleta de asas coloridas, voava sem rumo. Ao encontrar uma bela flor em um jardim, no quintal de uma casa qualquer; pousou seu abdômen ali, com as suas asas abertas.
Foi quando um beija-flor voava por ali. Ao notar a distração da borboleta naquela flor, simplesmente voo rápido, com suas asinhas, e por pura maldade arrancou uma de suas asas.
A borboleta sem compreender o que se passava, tentava levantar voo com a sua única asa no momento. Entretanto, ela não compreendia que o ato daquele beija-flor a condenava a viver sem a sua liberdade e que já não era mais a mesma de antes. A primavera havia perdido todo o seu brilho na vida daquele ser.
Eu tive esse beija-flor em minha vida, que sem razão aparente condenou a minha liberdade, por puro narcisismo, por ter em seu olhar uma imensa maldade e malicia, mesmo eu sendo pequena. A asa quebrada define muitas coisas que são perdidas após um trauma, em uma pessoa, embora cada um confronte o seu trauma de uma maneira. Então, sem razão aparente você é condenado(a) a viver a sua vida com isso e isso vai te matando de dentro para fora lentamente. Então a minha vida se torna algo como a primavera na vida daquela borboleta, meio obtusa e insignificante.