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O maleficio da dúvida, queria eu poder ler pensamentos alheios um por um minuto, porém iria me aterrorizar em pouco tempo, por tamanha perversidade e quão grande é a maldade humana. Saberei que atrás de cada elogio, existe um julgamento e uma crítica. Entretanto, eu não cairia em mentiras, mesmo que me fizesse mal.
Eu poderia saber se a pessoa realmente almejava estar ali ou se era somente por educação, pode ser doloroso, porém ver ela te trocando é pior ainda. A culpa te corrói bastante e isso machuca. Pessoas brincam com os sentimentos dos outros para se sentirem bem e superiores. Me sinto um alien incapaz de manter qualquer tipo de relação, pois no final sempre acaba mal.
As pessoas só dizem que uma hora irei encontrar alguém bom, que me mereça; mas estou sendo tão danificada, em um nível de necessitar de antipsicóticos para não ter crises suicidas, algo completamente insano. Eu não consegui me adaptar com o fato de eu ser uma "drogada legalizada", que alguém me diagnostique que meu cérebro é meu maior inimigo, porque lá é o princípio e fim, da minha vida.
As pessoas geralmente se afastam, por eu ser um ser problemático e nem um pouco saudável de se manter em suas vidas. Eu sou tudo isso realmente, porém se você não compreende esse meu lado, você não merece ver o outro. Porque sou formada por inúmeros defeitos e ao mesmo tempo qualidades. Jamais abandonaria uma amizade, pincipalmente se ela precisasse, pois eu sei como é ser largada e não recomendo a ninguém, e foram nas horas que eu mais necessitei.
Fui largada por amizades, paixões e até familiares; entretanto nunca me abalei por este fato, porque não espero muito dos outros, só tenho que lutar e esperar coisas de mim mesma. Não quero que lutem as minhas batalhas, só não me abandonem quando eu estiver em meio a elas, pois é difícil lutar sozinha, além do mais, por menor que aparente ser o apoio, é ele que nos fortalece muitas vezes.
Às vezes, me sinto devastada, que meus problemas são infinitos, assim como o céu. Em alguns momentos estou azul e em outros cinzentas, às vezes, me sinto resplandecente como o sol, enquanto em outros, me sinto fria assim como os pingos congelados que caiem no inverno, dominada pelo pensamento e tristeza, acabo me transformando em um mapa conceitual que no final me leva a morte, instintivamente.