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Às vezes, me olho no espelho procurando o meu eu perdido, simplesmente vejo os olhos de uma criança de 7 anos, que está gritando "socorro!". Esse lado meu nunca será suprido pelo visto. Não sou positiva realmente, entretanto é um ocorrido de décadas quase e eu estou presa lá.
Nem o abraço de minha mãe ou da pessoa amada irá me suprir, pois existe um labirinto em meu corpo, e eu estou perdida dentro dele. Sem mapas, eu caminho no labirinto conhecido também como cérebro, porém posso afirmar que é o meu maior inimigo, que ele está tirando a minha sanidade. Porém eu tenho que escutar, que eu não aprendi a controlar e essa é a minha consequência, mas ao contrário de um cachorro, eu não posso colocar uma coleira e uma guia para andar com ele sobre controle.
Posso tentar fugir de mim mesma, entretanto uma hora terei que largar as drogas dos remédios e me verei em um grande espelho, que por tanto tempo eu fugi e então saberei quão danificada estou. Sinto muitas coisas, porém eu sou a minha maior inimiga. Sempre tenho que lutar com o meu lado monstruoso.
Alguns dias, eu consigo controlar. Entretanto, às vezes, eu não consigo colocar ele em uma gaiola. Ele consegue ser imensamente devastador. Em alguns períodos é somente um vírus e em outros um coletivo me matando lentamente. Mas eu não sei, se são vírus ou fungos se alimentando do meu cadáver. Visto que me tornei em uma morta viva.