As pessoas geralmente me impõem que eu devo melhorar de tudo isso, como se eu tivesse algum poder ou me mandam reagir, eu sinceramente não sei como explicar para elas, que cada movimento meu, se baseia em uma reação minha, porque eles não compreendem.
Desde criança, eu fui ensinada a ser forte e não demonstrar, até hoje eu nego qualquer dor; pois parece que sentir é muitas vezes confundido com fraqueza, sendo que é algo de dentro de você e é algo completamente natural. Não somos obrigados a estar sempre bem, porque a vida não é o paraíso... Hoje, você levanta e amanhã você pode cair, aliás isso não é sua culpa. Somos seres sencientes de dor e empatia, embora muitos não usem, nós temos e fomos criados com ela.
Ao longo do tempo pude perceber que o número de pessoas que irão te impor melhora, será maior do que aqueles que irão te estender a mão e enfrentar cada momento com você, posso afirmar com base nas minhas amizades. Ergue a cabeça, abaixe ela, chore, se cair, levante e assim por diante... Isso é a vida. Eu hoje, estou tentando ajudar alguém que eu gosto muito e sinceramente eu não tenho moral alguma para tentar salvar alguém do suicídio, mas eu sei como é passar e pensar nisso.
Ninguém acorda e resolvi tirar a própria vida, o suicídio é uma forma de libertação do fardo, da dor e de você mesmo. É algo certo? Não sei... Entretanto ninguém sabe ao certo o que ocorre após os créditos finais, pois aqui podemos fazer mudanças, frequentar novos lugares e até mesmo mudar de grupos. Mas quando a morte chega, nós não temos certeza se ainda teremos escolhas e oportunidades de recomeçar, porque aqui, eu perdi o número de vezes que recomecei.
Essa semana tenho que fazer uma lista de 25 coisas que quero fazer antes de morrer e uma delas eu fiz, tô parecendo uma idiota mostrando as minhas orelhas furadas, porém era algo que eu queria e eu fiz, porque eu posso me sentir morta mesmo... MAS EU ESTOU VIVA! RESPIRANDO!