
"Não pode comer ele. Imagina, ontem esse animalzinho estava correndo no campo e hoje está aqui." O meu pai não tinha noção que era pior do que isso, que eram tratados como escravos, mas naquela época me contentava com essa explicação e eu nunca imaginei como era a morte, ainda era uma desconhecida para mim. Compreendia a sua existência, porém não compreendia os seus motivos.
O meu pai tentou ser vegano, mas é muito difícil. Hoje, eu queria ser, entretanto eles não aceitam. Não vejo como fanatismo alguém sendo contra a exploração de outra vida, me orgulho por fazer parte dessa causa e poder fazer o meu protesto. Eu espero ver ainda o mundo se tornar vegano como padrão e o restante como exploração. Eu não aguento mais ver o número de massacres e ser tratada como a "alienígena", por ser vegetariana como se fosse a anormal da turma.
O tempo me fez avaliar tudo e as consequências de cada ato, então optei por permanecer e evoluir constantemente, visto que os carnívoros são semelhantes aos primatas pelos argumentos que usam, sendo que são argumentos inválidos e que já foram comprovados como mitos. Geralmente eles nem se importam com o que comentam, apenas com o seu paladar e prazer.
Eu realmente espero chegar aos pés da Luísa Mell, ela é maravilhosa e ama incondicionalmente a causa animal. Gostaria de fazer muito pelos animais, porém é complicado quando a pessoa vive no quarto e se odeia, mas ama os animais... Essa sou eu! Eu não posso mudar o mundo, sem antes me mudar. Não sou dominada pelos maus pensamentos, realmente a minha empatia pelos animais é maior e melhor que outras coisas.
Simplesmente não compreendo o porquê dos animais me fazerem tão bem, mas realmente teria me matado, se eles não existissem no mundo... Não sei o que faria. Acredito que morreria sufocada, pois cada palavra não proferida me mata lentamente.