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Realmente não compreendo a busca constante das pessoas de buscarem um sentido para a vida ou uma crença em algo. A mãe em sua filha, o pai em seu filho, o crente na bíblia e assim por diante, necessitamos constantemente crer em algo para dar sentido à vida e eu não consigo encontrar isso, nem na igreja e nem na ciência.
Eu era adventista do Sétimo dia até eu parar de crer em tudo e em todos. Os meus pais nos criaram lá e sinto orgulho de vê-los ir e pelo fato deles conseguirem crer em tudo, enquanto o meu irmão se tornou ateu. Eu era uma crente razoável, não gostava de julgar os demais e focava na minha fé e na igreja, tanto que colaboro até hoje. Eu simplesmente não tenho fé, porém eu tento e quero respeitar a fé deles, mas quando pisam nas minhas feridas, eu sei que sou grossa.
Hoje, sou agnóstica teísta, acredito na existência de Deus, mas parei de orar. Em meio a tudo isso, nas minhas terapias aprendi sobre meditações e permaneci praticando, pelos seus benefícios serem comprovados e por me ajudarem em muitas questões. Dentro do budismo existe várias ramificações e eu escolhi a Zazen, que é voltada para as meditações (zen significa meditar) e nem sou muito ligada a filosofia deles, que também é muito interessante.
Eu comecei a pesquisar a relação deles com a depressão e a ansiedade, então por conta própria comecei a fazer buscas e depois minha mãe me contou, que uma guria se encontrou no budismo e teve um grande progresso. Eu realmente estava evoluindo, mas me alertaram que era bom ter um monje, pois pode existir riscos e então fiquei com receio e regredi, pois eu parei de fazer e ainda tenho medo, porém voltei a meditar e estou melhor.
Nunca busquei compreendimento do universo, sendo que eu não me entendo, não faz sentido. Eu só quero estar bem com o meu eu, não é egoísmo! O fato de eu querer mudar algo que não me faz bem é algo natural. Ninguém irá construir a minha felicidade, então não deveríamos nos conformar com o comodismo.