No dia 22/12/17, eu perdi o meu segundo neném. Depois de muito sofrimento o Rex se foi, sinto tanta falta dele. É estranho não ouvir os latidos e corridas dele nesse corredor, parece que uma grande parte da casa se foi e só restou o silêncio. Eu olho para o canil e tento pensar que é só mais um dia que ele está lá, dormindo, mas eu não conseguia deixar ele lá, porque ele não nasceu para ficar em um quadrado, ele queria correr, ver tudo, ouvir tudo e nos proteger. O Rex era sinônimo de vida e agora parece que uma parte grande minha se foi.
O Rex foi um presente que apareceu na hora certa, eu estava me afundando na depressão, eu sofria assedio e odiava as pessoas desde pequena e sabia que não podia confiar nelas. Então o Rex apareceu em 2007, foi algo mágico, pois eu precisava de um amigo e eu não tinha. Ele me ouvia e me fazia rir, além do mais, eu podia chorar na frente dele, pois ele não zombaria do meu sofrimento.
Agora, ele se foi. Sei que ele detestaria ficar assim imóvel, porque ele era corajoso e curioso com a vida. Nunca abaixou a cabeça para nós, nem mesmo o pai que é mais rígido, ele nos protegia e ao mesmo tempo se protegia. Gostaria que ele visse todas as minhas vitórias e derrotas, entretanto o meu anjinho está descansando e sou muito grata por ele ter feito parte da minha vida. Ele jamais será um simples cachorro.
Depois de duas semanas consegui terminar essa pequena homenagem para o meu anjinho, depois de uma semana entrei lá e coloquei as flores, para simplesmente dar vida ao lugar, mas dói muito. Eu sei, pode parecer bobagem, porque é um "cachorro", entretanto esse cachorro fez mais e significou mais na minha vida do que muitas pessoas. Por muito tempo considerei ele mais do que as pessoas da minha família e chegou a hora de dizer: "Adeus!".