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Quando tingi o meu cabelo, não foi só tinta. Resolvi mudar a minha aparência para me inovar, eu sempre quis ser ruiva como uma ferrugem, que permanece existindo, perde o seu valor e poucos são pacientes para colocar a mão na massa. A ferrugem pode ser arrancada e podemos recuperar o valor perdido, porque o valor está coberto.
Me sinto igual a uma sucata, que muitos julgam sem conhecer e poucos restauram. Não tenho pessoas que realmente olham esse lado, mas não me importo com isso. Todo o laranja que encontramos de forma natural representa total força e poder, assim como o fogo e o sol. Metaforicamente usamos até a laranja para representar o amor, então carrega algo inexplicável uma simples cor. Acredito que tudo acontece por algum motivo e Deus foi detalhista e paciente ao criar tantas cores.
Nem mesmo a cor do pecado representa tanta soberania em seu legado. Até mesmo o nosso sangue seco consegue queimar em meio as chamas. As cores são poucas vezes reparadas em cada traço que elas preenchem, então quando paramos e analisamos o pôr do sol, daí percebemos que nem uma pintura pode ser tão magnifica ao ponto de representar aquele momento. Afinal todos deveriam ter o seu lugar para assistir o sol caindo, pois isso te desliga de tudo por alguns minutos e você apenas sente diversas coisas sem preocupações.
Só nós podemos ver o interior da alma e eu quero gostar do meu reflexo no meu exterior também, embora não seja natural me faz feliz. Imperfeições existem e irei ameniza-las na minha vida sempre que eu poder. Não quero usar roupas neutras como um cadáver. Eu quero ser igual a um arco íris que é cheio de diversidade e marcante, que faz até a ansiedade parar nesse momento para olhar essa beleza natural.