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Espírito natalino


Amo as festas de fim de ano, embora esse ano tenha sido complicado para todos com diversas situações inusitadas, ele está chegando ao fim já. Muitos não têm condições nem de comprar a ceia e até as crianças estão descrentes em toda a fantasia, parece triste e realmente é. Quando era criança acabava ganhando presentes bons e eles se esforçavam tanto para eu acreditar em tudo.

Nunca tivemos uma árvore montada e decorada, pelo meu pai acreditar que é muito pagão e a minha mãe sempre sentiu ódio do natal. Não sei de onde surgiu o meu espirito natalino, simplesmente está lá no mês de dezembro e faz parte do que eu sou, então acabo contagiando todos ou tentando. Espero que esse ano seja agradável e que não seja o nosso último natal junto. Ainda é importante para mim toda essa tradição.

Não ligo para as histórias pagãs, apenas quero sentir aquilo e lamento pelas pessoas não pararem nessa época para apreciar os bens matérias e as pessoas importantes em sua vida. As pessoas que trocam isso por dinheiro parecem não compreender o valor de tudo isso, que dinheiro nenhum pode comprar ou te fazer sentir aquilo. Quando perdemos os entes queridos, alguns se vão alguns assumem o remorso e outros continuam negando para si próprio, como se uma coroa de flores resolvesse tudo o que perderam ao longo dos anos.

Antigamente em todas as viradas de ano era na minha vó, o padrasto da minha mãe tomava um porre e aquilo de certa forma marcava o início do ano de alguma forma, parecia uma tradição. Até ele ter uma isquemia e não ficou com grandes sequelas, todo ano a gente planejava ir à praia e nunca dava certo. Sinceramente me sentia péssima lá, muitas discussões e me sentia sozinha em um campo de guerra, sendo que queria os meus cachorros e gatos ali... Comigo!

Criado por Erika Galvão, 2024.

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