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Sabe aqueles dias que parecem ser o último e sentimos vontade de se despedir de tudo? Como se aquilo se transformasse em memórias, que somente os seus sentidos te aproximariam de tudo aquilo novamente, nada além disso. Você vive aquilo com receio de ser a última vez e que todos estamos expostos a dor, que a morte é certa e não podemos agendar.
Desde criança, quando visito os lugares, antes de ir embora, eu observava todos aqueles detalhes e me despedia. Em alguns lugares desde então virou recordação, até os que me faziam bem se foram e só restou uma dor no peito. Espero que não tenha mudado muito, pretendo voltar neles e sentir aquilo novamente.
A minha ansiedade me machucava tanto, que eu parecia uma idiota chorando sem motivos por antecipar o meu novo trauma, que fica para piorar. Certas coisas não se vão e ainda assim causam medo igual ao primeiro momento que ela chegou na sua vida, mas ela se torna parte sua e você precisa encontrar formas de lidar com aquilo, quando nos tornamos refém somos dominados por completo.
Ultimamente sinto isso, na vida nada é eterno para nós. O dia vira noite, portanto você espera tanto ao invés de se libertar de uma vida monótona que é apenas sua, ela irá terminar um dia e a sua lembrança será o seu cargo na empresa? Enquanto a sua família usa esse dinheiro para pagar alguém cuidar de você, aliás era o que você fazia com eles. Até um inseto é importante, então não se menospreze como justificativa.
Só quero ser importante e dar um sentido para eu ter chegado até aqui, sou uma sonhadora com obstáculos que ainda me fazem cair, mas não foi o suficiente para me deixar no chão para sempre. Preciso me conhecer para saber como chegar até a minha felicidade e só preciso estar comigo mesmo para isso.