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Sempre fui solitária e isso me levou a escrita, sendo que ironicamente chorei enquanto tentava fazer a vogal: “a”, na primeira série. Na minha prova, só acertei uma palavra, que colei de um cartaz e era a palavra: “uva”. Me matei estudando para criar um legado respeitável. Fui ao topo merecidamente estudando em dobro e focando apenas nisso.
Nunca tive um cérebro maior que o dos outros, passei a colocar prioridades acima dos meus passatempos momentâneos, talvez isso explique a falta de diversão que vivo. Meus pais sempre marcaram em cima e faziam pressão para eu ter um futuro, mas não adiantou muito. Enquanto o meu irmão vive sem responsabilidades e é o popular, então somos o oposto.
As minhas dificuldades só aumentaram, até me pararem de vez e nem os remédios foram suficientes para me manter em pé. Precisei ir ao fundo para conseguir voltar ao topo novamente arduamente sem aquela fase me colocando para baixo. Aprendi na prática, o que não aprendi em livros. Ler não me causaria tantos pensamentos e sentimentos.
Senti na pele o que acontece e o quanto a vida pode ser complicada para todos. Odeio ser julgada precocemente sem saber nada, ainda mais o que senti em cada segundo até aqui. Superei cada dificuldade que surgiu para não ser a dependente de ninguém aqui, porque eu sempre sonhei grande. Espero colocar os meus planos em prática e conseguir dar orgulho aos meus pais.
Não morri e nem desisti de tudo, apenas dei uma pausa de tudo para conseguir voltar aos meus planos que sempre guardei comigo mesma, que já fazem parte de quem eu sou realmente. Muitas coisas mudaram ao longo do tempo, porém não mudei a minha essência, apenas vivi fases diferentes. Semelhante a um desafio elaborado pela vida em que todos batalhamos por algo, que nos mantém focado.