Amor de gato, não aceite menos do que isso. Eles sempre estão lá, principalmente quando adoecemos, parecem enfermeiras e para outros curandeiros. A Meg é a minha talismã atual, ela já andou por todos os quartos, ainda que nós não sabemos o quão doente, ela detecta melhor com toda a sua capacidade de diagnosticar, embora ela não tivesse um diploma em medicina. Nenhum amigo me visitou quando estive de cama, depressiva e ansiosa, enquanto a Meg dormia em cima do doente do momento.
Por mais antissocial que os gatos sejam, eles realmente se importam com todos que convivem. O perfil deles é fechado realmente, só que eles sempre estão lá quando o mundo desaba, sem saber dizer uma única palavra e com aquela cara mal-humorada com total indiferença ao seu redor. Simplesmente existam ao seu lado, entretanto demonstram do seu jeito, alguns falam e outros simplesmente fazem acontecer, sem ser algo gritante para o mundo todo ouvir o quão bom samaritano e enfatizam o seu lado caridoso.
Os gatos são mais humanos e praticam mais humanidade do que os humanos, pois é o que precisamos para os momentos mais difíceis. O Bob passava o dia e noite ao lado da minha cama em um tapete, aquilo parecia bobo, mas era a forma dele demonstrar que se importava ou para pedir ração. Quando estava morrendo foi doloroso e não acreditei que ele ia partir, ao mesmo tempo ele não miava quando eu perguntava e antes ele sempre respondia, como se fosse um “sim”.
Ia de madrugada com frio ou chuva, para eu trocar os panos, para quando se urinava na caixa dele e ele me avisava pedindo com um forte miado, para trocar o pano molhado por um seco. Fiz o que podia por ele, embora ele seja o único que reconhecia os sinais de que estava morrendo e com dor, depois de três anos que ele se foi e que a Meg apareceu como um ratinho na horta. Eles aparentam serem tão egoístas, entretanto eles permanecem ali como nosso talismã pouco chamativo, ronronado e isso é suficiente para ama-los.