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Tudo era uma competição para ela, mas acredito que ela sempre perdeu, por me ver como uma rival e não amiga. Pouco me importa o curso, a fotografia que ela tira, a cor do quarto dela, o lugar que ela ia, o cara que ela pega, quem ela conhecia, a casa dela, o que ela escreve, desenha e entre outras coisas. É exaustivo, tu passares a vida inteira sendo a sombra de outra pessoa, não é isso que me importa e eu nunca quis roubar o lugar de ninguém. A falta de autonomia é patética, por você querer ser outra pessoa, sem gostos próprios e ainda se julgar melhor do que os outros, eu nunca consegui ser assim, eu sempre fui intensa e muitas vezes explodi, porque eu consigo raciocinar sozinha e chegar em uma conclusão. "A Erika me odeia." Não odeio, eu sinto muita pena dela por viver a vida dos outros, sem saber quem ela mesmo é, sem olhar as outras pessoas por cima, pois amanhã isso poderá mudar. A amizade acabou por eu notar que ela estava sendo tóxica na minha vida, ao ponto de usar os meus pais e ser exaustivo viver com uma pessoa falsa e facilmente manipulável, ao mesmo tempo. O mais louco é que, ela era Eva e a cobra em simultâneo, tolinha e venenosa, a conexão era boa entre a gente, afinal era como um rascunho, espero que ela nunca case para não ser tapete de macho, o pior é que ela adora romantizar e os caras não querem muito isso.
Eu escolhi bastante os cursos que eu acreditava ser mais a minha cara em certas situações e de acordo com a minha nota. O meu plano era psicologia, a minha nota não foi suficiente para eu conseguir entrar, então busquei outros cursos mais fáceis com algumas grades incomuns para depois eu tentar mudar, então coloquei biblioteconomia e uma vez, eu coloquei francês no desespero. Eu fiz o vestibular do IFSul de técnico em química, porque de todos os cursos foi o que mais me interessei e pela grande demanda de serviço. Eu fui selecionada em biblioteconomia e fui selecionada novamente em química, na primeira tentativa, eu surtei e larguei, eu criei uma síndrome do pânico imensa de laboratório e essa mesma pessoa disse que eu não ia conseguir, isso me incomodou muito e como se não bastasse, ela colocou esse curso para me esfregar na cara. Voltei para o IFSul com tudo, nem quis roubar a vaga de outra pessoa em biblioteconomia, concluí o meu curso e ela nada, ou seja, toda a suposta superioridade dela caiu por terra e segui patinando sozinha. Felizmente concluí e irei começar engenharia química, espero dar conta e não enlouquecer na engenharia com alguns professores tinhosos. Em uma discussão, eu senti tanta raiva que eu joguei na cara dela que ela só tinha saído da escola por começar a andar comigo, pois ela só passou na 6° série por causa da umbanda e depois ela começou a estudar comigo, mudou completamente o comportamento e foi aí que tudo começou a mudar. Essa foi a única vez, que eu explodi mesmo e ela concordou, então o que eu fiz para ter uma cobra criada em casa? Agora, completamente sozinha, só tira proveito das faculdades, ao invés de focar nos estudos e fica no quarto com a "frescura" que eu ainda tenho, não tem com quem competir e nem a minha família para substituir a dela, que eu sempre tive respeito por eles. Pensei que tinha ganhado uma irmã, que eu sempre desejei (assim como a minha amiga de infância), mas nem os meus irmãos por parte de pai são tão baixos e ela foi. Não gostava desse jeito de "eu quero tudo o que você quer", mas eu pensava que isso era comigo e ela, no entanto, ela envolveu a minha família nessa competição maluca, facilmente manipulável e altamente invejosa, não gosto de usar essa palavra 'inveja', pois não acredito que eu tenha algo para ser invejável, porém ela encontrou e se contentou com o pouco que eu desejava.
Muitos garotos gostavam de fantasiar que existia algo além da amizade (segundas intenções), entretanto, mesmo eu sendo bissexual eu nunca vi ela assim e era como uma irmã realmente, que eu sempre respeitei e ela era a "mais gostosa da escola". Foi muito frustrante perceber que sua amiga joga de forma tão baixa e, ao mesmo tempo ser tão manipulada pelos outros, geralmente essas pessoas não são às duas coisas, o limite foi a minha família e esse sempre é o meu limite. Se eu trouxe uma pessoa que machucou a minha família e me machucou, mas que, ao mesmo tempo, experiência sobre o que eu sinto ou penso, eu não vou envolver a minha família nisso e creio que eu obtive a minha resposta nisso. Às vezes, parece que a minha mente é tão cruel comigo, que acaba tendo pesadelos sobre uma relação entre às duas pessoas, que eu mais me envolvi, gostei e são do mesmo nível em comparação da gravidade das ações. Sim, eu gostei e não me envergonho disso, alguns como ficante e outra como irmã, então imagina como é a minha irmã para eu considerar esse tipo de pessoa com esses joguinhos, a minha irmã mesmo, eu devo manter distância pelo meu bem estar e paz. Já que ela nem queria que eu nascesse, não tem consideração alguma e somos completamente distantes em Km e a vida da outra.
"Então por que você era amiga dela?" Ela era a pessoa que me levava de rastro para a escola, ainda levava a minha mochila sozinha, a gente revezava de manhã para ela ir em um dia e eu no outro, até o meu professor perceber isso. A gente fazia e saia quase sempre juntas, se eu chamasse ela para ir no rolê do hospital ou na igreja, ela iria. Uma parte era por isso que ela queria o mesmo curso que eu, mas não é assim que funciona e óbvio que ela precisava de ajuda nos trabalhos, e ela vivia aqui em casa. Eu ajudava ela a fazer cartinhas para o meu irmão, fingia que eu chamava ela para vir e ela ver o meu irmão. Arrumou um cachorro por eu sempre falar deles, o cachorro morreu e ela levou 3 dias para perceber. Quando eu fiquei na cama, sem comer e nem tomar banho, ela vinha aqui, eu podia ser eu mesma sem ferir os sentimentos e nem elaborar grandes desculpas para não ir nos lugares, ela era muito ingênua com os caras e a gente sabia disso. Ela ainda dizia que a minha mente era muito cruel e negativa, até ela se conformar que era real o que eu disse e algumas vezes ela até sabia, todavia queria acreditar em algo. A gente fazia os trabalhos, e aqueles que eu sabia que ela não iria fazer, eu mesmo fazia e ela sempre reclamava de algo da apresentação, aliás grande parte do trabalho, eu mesmo fazia e a gente raramente abria os links no privado uma da outra. A gente adora Bob Esponja, sabia a abertura de cor e apresentei vários desenhos para ela, somos um pouco infantil. Tiramos muitas fotos e por conta disso, eu não pude deletar as fotos nossa, senão não teria muitas fotos daquela época e não consegui mudar a foto minha, do meu irmão caçula, a minha amiga de infância e ela, nos meus 15 anos na pizzaria. Entretanto, nada disso valeu a pena para manter ela na minha vida.
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