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Brasa

Às vezes, conhecemos pessoas que são iguais brasas quentes. Seguramos pensando que seria pior largar, sendo que na verdade a dor diminuí por ela queimar os tecidos da nossa pele aumentando o grau de queimadura fazendo a dor diminuir consecutivamente. Pensamos que precisamos manter pessoas na nossa vida para a dor ficar menor, mas apenas estamos causando feridas mais difíceis de cicatrizar e por isso é melhor deixar ir. Não é fácil, principalmente no começo, entretanto o dano será menor e logo você se recupera. Eu sempre largo sem pensar muito antes, depois me questiono como seria se ela ainda estivesse nas minhas mãos, se a dor iria compensar em algo e se o fogo apagaria, porém é difícil apagar. Ninguém vale essa dor, ninguém vale a pena e prefiro ser mal falada do que insistir em brasas quentes, é o que as pessoas faziam antigamente para manterem um casamento de 20, 30, 40, 50 anos... Com mentiras, traições, maus tratos, violência e outras coisas horríveis; isso não é amor, é segurar brasa quente, se acostumaram com essa vida, essa esmola e queimadura. Fazem textos e dão reportagens sobre o suposto amor de uma vida, todavia você consegue sentir o discurso pronto usando palavras vazias e um olhar vazio de quem só viveu aquilo. Certas viúvas sentiam algo tão intenso e desconhecido, que se mantiveram sozinhas pelo luto cicatrizar as dores do passado e o medo de recomeçar. Enquanto outras vivem como nunca viveram antes, pois receberam uma grande oportunidade de mudar de vida e conhecerem a felicidade sem estabelecer nada em suas vidas. Se ame, precisamos de ar para viver e não de pessoas, o divórcio pode ser a porta para a felicidade, então não se prive dela, pouco importa os julgamentos alheios e nem se sinta envergonhado(a) de descartar algo quebrado. Faz parte da vida, mesmo colado não será a mesma coisa e pessoas inteiras aparecerão cedo ou tarde.

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Criado por Erika Galvão, 2024.

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