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Censurada


A pessoa mais difícil que conheci é o meu pai, ele nunca se contenta com nada, desde igreja e a escola, sempre quer uma filha 10/10 em tudo. Isso me tornou exigente comigo mesmo e isso se tornou o meu inferno particular. Atualmente não poderia ser diferente e agora ele quer que eu siga na área farmacêutica, pois ele acredita ser o melhor para a minha vida e pouco importa o que eu quero sempre. Mais uma vez fui reprovada no que quero para a minha vida pelo meu pai, para ele a parte forense é mais escassa, como se eu não fosse capaz de conseguir e pior ainda ele não acredita no meu potencial. Só ouvi elogios do meu pai, quando estive na última da depressão, enquanto todos queriam me manter viva, ele traçava a minha vida e fazia comentários frívolos, ele me achava fraca por estar distante de Deus, além de julgar os suicidas de forma injusta, que prefiro não mencionar, pois não quero que ninguém considere qualquer hipótese ou que mereça suporta-la. Se não existisse céu e inferno, ele não teria motivos e algum tempo depois, ele começou a ter idealização suicida e outros transtornos que precisaram de uma médica especializada (a minha médica) para medica-lo. Vou abrir mão do Enem, vou terminar o técnico e começar a trabalhar para ter o meu canto, para depois eu voltar com tudo aos estudos, sem críticas e vou ter paz finalmente. Preciso ser livre e nunca vou ser nessa casa, não posso sair sem dar satisfações e ouvir um sermão, se quero fazer algo tá sempre errado, assim não dá mesmo e até os remédios são contados (por conta da minha tentativa fracassada de overdose). As minhas roupas são sempre de v****, que mereço supostamente aguentar assédio pela minha roupa ser um convite, ainda tenho que ouvir história sobre um Deus bondoso, as festas sempre serão um lugar desconhecido e vou sufocar dentro de casa. Muitas vezes a minha psicóloga mencionou o que me impedia de ter uma vida intensa, eram os meus pais e por mais que eles digam que eu devo mudar. Eles sentem medo de eu mudar e ser alguém que eles não desejam ou que eles me percam. Entendo eles, todavia o meu problema é tentar agradar como se fosse minha obrigação e não é, todos temos medos e não podemos simplesmente ignorar, só que preciso me conhecer realmente. Nem minhas músicas posso ouvir em paz, minhas séries são inúteis e me tratam como se eu tivesse retardo igual ao meu meio irmão, que nos detestamos por mais que muitos vitimizem ele, sei que ele não é um rato ou uma planta, pode ter o QI menor do que os outros, no entanto ele se recusa a aceitar minha existência, detesto ele por ser interesseiro e não gosto da minha irmã, por ela sempre tentar me humilhar e desnecessária tanta inveja por algo que não pedi. O meu meio irmão só não é limitado para pedir dinheiro para o meu pai (é óbvio), quando ele ficou mal até desconfiei, mas é verdade e a minha tia confirmou. “Você tem ciúmes”, devo ter de alguém que tem problemas neurológicos e é limitado, pelo menos os meus problemas não me incapacitam tanto, obviamente que alguém inocente não demonstra desprezo por uma irmã desconhecida e o que me indigna é a falta de visão, enquanto está na frente deles as coisas. Para o meu pai sou o maior erro da vida dele, então pago todo tempo por isso e tô cansada, os meus relacionamentos fracassados são minha culpa. A pior parte é fingir que sou hétero e recusar as meninas que conheço, que são interessantes e atraentes de diversas formas, porém não posso arrastar ninguém para esse inferno e todas elas já passaram pela rejeição dos pais, parentes, amigos, conhecidos, e etc... Enfim preciso me conter e ser algo que eu não sou. Eu só quero ser eu mesma, sem tantos medos e nem mesmo comentários desnecessários, acima de tudo quero o respeito de todos por mérito ou educação.

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Criado por Erika Galvão, 2024.

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