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Todos são críticos, enquanto algumas pessoas demonstrem evidentemente que não se casaram por gostar da pessoa e que foram forçadas a isso, ainda sempre criticam o relacionamento alheio. Já outros escolheram engravidar de uma pessoa alcoólatra, que graças a essa pessoa foi expulsa de casa e mesmo recebendo críticas por essas escolhas até hoje, ainda assim adoram apontar o dedo para o que eu faço, eu sempre tenho que ser perfeita e isso sufocante. Às vezes, parece que eu também vou ser expulsa de casa por escolher certos erros, não estou me referindo a um criminoso ou algo pior ainda, eu simplesmente resolvi uma vez cometera um deslize, que sei que foi um erro e isso doeu de certa forma. Certas escolhas são necessárias para retirarmos aprendizados, de que sei o que valorizava nessa pessoa e sempre foi apenas a amizade, é disso que mais sinto falta e o restante eu já tenho. Pouco importa as escolhas que essa pessoa faz, pois todos esperam o pior e realmente não é problema meu as escolhas dele, porém as pessoas adoram me jogar a culpa, por eu simplesmente estar tentando descobrir algo e o fato de eu necessitar de respostas, mesmo não sendo os que eu esperava ou desejava. Não honrou nem as calças que veste para me olhar nos olhos e dizer que tudo acabou, precisei saber por terceiros o que se passava, nunca senti ódio e isso era óbvio, entretanto senti muita raiva, frustração, decepção e muitas coisas ficaram mal resolvidas.
O tempo todo mencionamos que foi um erro, não só meu e o quanto isso desapontaria as outras pessoas, mas essa nunca foi a intenção e foi algo fiz para satisfazer a minha mente. Enquanto ele fez por ele obviamente, enquanto isso as outras pessoas adoram serem Deus para julgar. Por que uma vez na vida eu não posso fazer algo que eu quero? As pessoas sempre transformam tudo em questões envolvendo elas e não funciona assim, faço muitas coisas para dar orgulho aos meus pais, todavia nada é suficiente e tudo se transforma em uma vilã ou manipulada. Não consigo seguir em frente com um grande ponto de interrogação e preciso colocar tudo em ordem, não amo ninguém e a paixão ficou no passado, apenas sinto um carinho imenso por alguém que foi bom para a minha vida muito antigamente. Até posso gostar, mas não o suficiente para deixar ele entrar na minha vida, ele me deixaria mais infeliz. Em algum momento sumiria repentinamente por ser covarde com a verdade e eu precisaria me desentoxicar novamente, e isso é o que me faz garantir que não irei rastejar. Tudo isso me deixa bem claro o que eu não quero e nem quero dar motivo para que duvidem da minha parte. Sinceramente pouco me importa a parte dele, porque ele menti tanto, que até ele se perdi nelas e isso não me impressiona, já que não acredito em nada, mesmo fingindo acreditar e ainda depois busco a verdade. Entretanto tenho certeza que ele concorda comigo e que tudo ficou no passado, inclusive a consideração da minha família por ele e a frustração de ter recebido ele tão bem para ele retribuir como se nunca nos conhecesse.
A única moradora da casa que ficou feliz em ver ele, foi a minha cadela, que não conhece a figura e simplesmente foi simpática. Depois de uma melancolia profunda no restante do dia, nem eu mesma compreendia o que eu tinha feito e o motivo parecia tão bobo, era evidente na minha expressão a confusão que fiz na minha cabeça. A minha mãe logo percebeu, ela se esforçou muito para ser gentil e apenas sorriu, porém sei que ela estava quase rosnando e louca por um sermão, todavia ela se segurou, enquanto eu sentia que tinha decepcionado ela e se tudo aquilo tinha valido a pena até esse ponto. A minha prima também se esforçou para me apoiar, graças a isso percebi o quanto elas me amavam o suficiente para não me dar um tapa na minha cara. Estava tudo tão coisado, que até a Coca estava diferente e até a minha cama desaprovou, não me fez mal tudo aquilo, mas não me fez bem. Não sei até hoje, o motivo dos meus tantos impulsos recentes, visto que tive essa oportunidade outras vezes e recusei todas. Além dos outros encontros repentinos nesse meio tempo, creio que foi o impacto da batida na cabeça, ficar sem a medicação direito, ou a mais plausível, que é a minha insanidade impulsiva de final de ano e virada, como diz a minha mãe. Simplesmente preciso preencher o meu vazio com loucuras e coisas intensas para sentir o sangue correndo nas minhas veias e que não morri ao longo de um ano que passou batido.
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