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Fica em casa

Essa semana, eu tive um ataque de pânico daqueles mais horríveis, que o pânico me faz parar de sentir o ar entrando pelo meu corpo, parecia que o meu coração era o único órgão funcionando e eu conseguia sentir cada pulsação. Os noticiários me causam um imenso pavor, minha vó não cansa de assistir por ter se tornado um ciclo vicioso de percentual e números altos, como se fosse a bolsa de investimento e em certos momentos o meu corpo faz uma simulação para ter noção de como seria. Sentir os seus órgãos falhando assim como o câncer de pulmão, precisou morrer mais de duas mil pessoas na Itália para levarem a sério, enquanto aqui é tratado como “fantasia”. As visitas são mais desagradáveis do que o de costume, porque elas são uma ameaça maior e que pode te levar a morte. É difícil ainda mais para quem tem ansiedade, me sinto exposta ao pior vírus que posso estar sobrevivendo e que não espero estar entre os mortos e nem tenha que enterrar um dos meus conhecidos e o pior é que vejo pessoas indo contra as recomendações. Não saio de casa faz uma semana, sinto medo de ficar confinada com mal estar em algum hospital, quando vejo no noticiário que as pessoas são apenas números, pois eles não podem contar sobre cada vítima, eles cometeram o erro de não levar a sério no princípio, porém seremos burros pelo descaso em meio a todo caos. Assim como existem pessoas contraindo o vírus, existem pessoas que sofrem com ansiedade e estresse, que é um mal extremamente horrível de se conviver, como diz a minha mãe: “Não adianta morrer de véspera!”. Quem tem ansiedade vive assim e cansa ser assim. O problema das pessoas é todo o excesso, alguns já sofrem e enquanto isso os outros não fazem caso dos riscos. Não existe uma cura para controlar mundialmente, muitos não podem dizer que foi falta de informação, como ocorreu no passado as aglomerações por falta de conhecimento e falta de meios de comunicações. Hoje, se o governo diz algo, é só pesquisar na internet e não existe limites para informações, só necessita ter boa vontade para buscar informações e tratamentos para os sintomas. Não é espalhar o caos e pânico para o restante, é ficar protegidos por isso existem protocolos de segurança, a prevenção é mais uma burocracia imposta para proteger as pessoas, temos casos confirmados e mortos. Só que é um número baixo (não significa que devemos tratar com descaso, principalmente pela família e amigos) em comparação a certos lugares.

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Criado por Erika Galvão, 2024.

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