Preciso ir embora daqui, assim como fui da engenharia química, não dá mais, preciso de um plano B sem falhas e que eu não precise olhar para trás. A minha graduação vai continuar sendo um sonho, que provavelmente vai morrer comigo. Perdi muitas coisas, até a minha autonomia e vivo pisando em ovos em uma casa sobrecarregada de más energias e a tendência é piorar mais e não posso ser a voz da minha mãe, passei do meu limite tantas vezes e tempo tentando cuidar dos machucados dos outros. Não posso sacrificar tudo e viver com as respostas na ponta da língua sempre.
A minha psicóloga me avisou que ia piorar e que eu necessitava sumir daqui, até ir morar com ela (ela sugeriu em meio a essas coisas), eu sentia que ele tinha empatia, compreensão e uma projeção dela. Seria estranho, principalmente por não conhecer ela e por ser a minha psicóloga, sinceramente acredito que ela estava brincando apenas. A pessoa mais difícil de conviver é com o meu pai, com certeza, ele é a causa do meu desespero para ir embora. É impossível de conviver e suportar, não dá, é exaustivo, desde sempre e provavelmente seja o jeito dele, mas cansa suportar as paranóias, alterações de humor repentinas, fanático religioso e toc. Queria conseguir uma bolsa (nunca consegui no técnico) para eu seguir estudando para ter uma graduação, porém esse é só um sonho que não vou realizar, devido ao meu novo foco em conseguir um lugar para morar e ter liberdade, inclusive creio que o meu tratamento vai fluir melhor. Cansei de ser massacrada pela mesma pessoa, que deveria me apoiar, torcer pelo meu sucesso e agradável para a gente voltar ao lar que fizemos parte. Nem minha vó é tão baixa, independente de como ela tratou outras pessoas no passado, ela não nos sufoca e tenta ser compreensiva.
Meu pai conseguiu perder as duas filhas dele e eu fui a última, porque ele fez vasectomia, então ele é corajoso para fazer isso com a gente e misógino, até com as filhas e a esposa. A minha meia irmã pensa que tenho sorte, mas ela não cresceu na gaiola e teve mais opções do que a gente. Ele deve ter pensado que não é como o pai dele, todavia ele consegue ser tão cruel quando ele, somos agredidos verbalmente diariamente e se esconde atrás de uma religião, parece uma tortura e exatamente abusivo com um poder ilusória. O meu avô era alcoólatra e meu pai é a igreja, pode parecer inofensivo esse vício, parece que não existe livro arbítrio, não ligo se ele frequenta uma igreja ou se é líder, portanto isso não deveria nos afetar, um religioso que vive em contradição. Os outros pais se preocupam com drogas e o meu pai é pela "música do demônio". A nossa infância e juventude foi difícil para eu e o meu irmão éramos ensinados a guardar o sábado, não podia assistir tv, nem ouvir música e parecia que nós não deveria ser criança no sábado. Resumindo só posso dizer que foi complicado suportar e sair de lá, e por isso detesto religiões, pelo inferno que passei lá e não quero passar por isso de novo.
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