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Indefinido


As pessoas pensam que eu não superei o meu ex, mas na verdade sinto tanta falta da amizade dele, ao ponto de não odia-lo e aceitar ser sua amiga. Não por falta de opção, por amar, por ciúmes ou buscar afetá-lo com minhas escolhas, que acabam envolvendo ou respingando nele, o meu mundo não gira em torno de uma pessoa que simplesmente me deixou como uma peça de roupa, que não serve mais. Nunca consegui me conectar com alguém assim, não por falta de opção, nem falta de alguém para realizar os meus caprichos ou por beleza (inexistente). O meu primo riu e zombou muito sobre os meus ex, por não serem belos e nunca foi pela aparência, eu sempre busquei alguém, que me desse algo para me preencher, sem ser superficial, nem por interesse ou por capricho. As pessoas sempre criticam e focam apenas na aparência superficial, eu nunca acreditei que isso fosse o mais importante.

Quando eu estava na escola, os garotos mais bonitos eram os mais fdp que poderiam existir e as garotas sempre rastejavam atrás deles. Aquilo me dava nojo e nunca quis ser como elas, realmente consigo pessoas superficiais ou pessoas interessadas em relações mais intensas, porém nada disso é algo que eu deseje e nem mesmo com grandes amigos, que me apeguei no passado. Eu só queria viver o momento e conversar sobre coisas aleatórias, sarcástica ou sobre a minha pessoa, que é complicada para alguns compreenderem. Quando mandei uma mensagem demonstrando interesse em retomar a amizade, que eu perdi e paguei por um erro que eu não cometi, ainda coloquei um ponto final em alguém que nunca me deu uma conclusão, que talvez eu deseje ainda e não sei se um dia receberei. Quando questionei a minha mãe sobre esse erro alheio, ela mesmo disse que ninguém havia me impedido, ninguém me pediu para me afastar ou de não me aproximar de alguém narcisista, e que ela me respeitaria. Não sei o que é certo ou qual caminho seguir.

Não quero ser amante, nem prejudicar o relacionamento dele, nem mesmo quero confundir a cabeça do filho dele, nem da família dele, nem emprego, eu só quero o meu amigo que me fazia sentir confortável para ser eu mesma, embora meu pai fosse contra o meu modo de ser, havia um imenso apreço criado dentro da minha família por alguém que não estava nem aí. Não me sinto usada, porque também usei dentro do possível e me fez bem, eu nunca deixei alguém ir tão além dos meus limites impostos para auto preservação e errei em confiar em alguém, que foi como chuva de verão, não compreendo o que se passa na cabeça dessa pessoa, e nem sei se um dia ela realmente gostou de mim e quando ela deixou de gostar. Às vezes, eu preferia que ele tivesse deixado eu partir, sem entrar na vida de uma fodida e ao mesmo tempo, eu sou grata por tudo de bom que vivenciei, isso torna difícil criar um vilão ou simplesmente deixar para lá. Ainda sinto o grande apreço que os meus pais sempre sentirão por ele e torna tudo mais insano ainda, visto que sempre fui eu mesmo e tudo foi para ela, sem surpresa ou mudanças bruscas repentinas, se quis me curar... Foi só mais um burro e trouxa alucinado.

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Criado por Erika Galvão, 2024.

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