Meus amigos se foram, mas os gatos e os cachorros nunca me deixaram por opção nesse meio tempo. Não choro mais pelas pessoas, ultimamente abaixo a cabeça e vejo que não estou sozinha, então acabo sorrindo por me sentir amada e que sempre estiveram comigo, desde o deitar até o levantar lá estão eles. Me sinto completa com eles, esse ano passei meu aniversário bem graças a minha família, remédios e a bicharada, que parecem entender depois de várias tentativas, eles compreenderão o enigma que eu sou, cada um no seu tempo e não consigo me imaginar no lugar deles. Somos tão diferentes, mas sem maldade e com um turbilhão de sentimentos difíceis de lidar.
Somos diferentes e ao mesmo tempo semelhantes, pois defendemos o que pensamos e sentimos em lados opostos, mas dividimos ideias únicas que criamos ao longo do tempo, ainda assim sou próxima dos meus pais que pensam semelhante em algumas coisas e detestamos a mesma pessoa, justamente pelo que eles me ensinaram desde pequena. Precisamos mudar o mundo, mas precisamos começar pelo nosso mundo, se as pessoas se vão, o nosso mundo não vai se acabar completamente, precisamos encontrar uma forma de lidar com isso e juntar parte por parte quando tudo se destrói.
Imagine que você é como uma árvore, que algumas folhas acabam caindo para vir novas folhas e as pessoas são semelhantes. Nenhuma árvore real mesmo, cola as suas folhas, flores e frutos, exceto aquelas que são de plástico, que vivem uma mentira apenas e não são naturais como o restante que sobrevive de dia e de noite. Nunca inveje a beleza delas, porque não são reais e não são nada felizes, já que foram modificadas e moldadas. Essa beleza custa um preço alto que não envolve apenas coisas boas apenas nesse mundo “perfeito”. Detesto me imaginar uma modelo que faz as meninas se odiarem pelo corpo não seguir o suposto padrão imposto.
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