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Pé na bunda

As pessoas pensam que tudo gira em torno delas, sentem ciúmes de tudo e querem que tudo gire em torno delas obrigatoriamente. Sempre tem outra garota, mas pior do que ser corna, é ser enganada e nem toda corna desconhece a traição (corna mansa), principalmente quando não existe relacionamento ou algo aberto. Odeio ser enganada por qualquer pessoa, sinto até uma dor no peito, como se eu fosse infartar e tentando não surtar com tudo. Quando a minha psicóloga sugeriu dialogar, eu respirei, me acalmei, esperei alguns dias e até topei, daí entendi que não havia problema depois de ver a explicação. Nunca foi um problema, o que ele me disse comprovava mais ainda esse fato e ele não me conhece realmente. O problema era eu ser enganada, já mencionei que pouco importa a outra mulher e ela não é a minha concorrência, tanto faz. Não vou brigar ou atacar, tão pouco me esforçar para superar em algo que não aconteceu e pode acontecer, aliás isso não me fará realizada e nem desmereço consideração alheia. Acredito que somos poliamor e que existe uma grande diferença entre prazer e amor, então deixo isso bem claro e não preciso de ninguém para nada, não são oxigênio e nem as minhas pernas para ir nos lugares. Esse negócio de tornar os outros em um tudo, não funciona bem assim comigo com o passar do tempo fui aprimorando isso e entendo mais.

O meu tudo são os meus animais, minha família e eu, então o restante é bastante relativo e quem não foi, me magoou muito e foi difícil de eu me libertar desses rolos. Toda aquela moralidade que aprendi, não é significativa e quando paro para pensar vejo com naturalidade e não consigo ver imoralidade em divórcio, casos acordados e relações abertas; que o amor não pode prender ninguém nas nossas vidas. O que eu percebi, foi que as pessoas que pensam o oposto, não dá para se envolver, ninguém vai simplesmente mudar e passar a pensar igual a você sobre as coisas que ela acredita, ou valoriza em um relacionamento. Magoei muito uma dessas pessoas que acreditavam que elas deveriam ser o centro de tudo. Enquanto outros acreditam que essa filosofia é da boca para fora e tentam esconder os seus "podres", pensam que é imaturidade suas ações imaturas, mas é algo natural e compreensível. Eu teria uma relação exclusiva e séria, já tive e não traí ele (e surgiram propostas), mas tenho palavra, fui criticada por receber propostas alheias, até pelo meu comportamento e no final eu fui traída. Quando aceitei um relacionamento, não foi para sacanear ninguém e tenho palavra, tanto que até penso sobre isso, todavia não me vejo com ninguém. Dessa vez o acordo estava fluindo bem, até a culpa bater no meu amigo e tomar decisões desproporcionais as ações, sendo que eu deixei claro e quase foi o nosso fim. Não conheço pessoas que pensam assim, então não é influência e não tenho problemas com isso.

Sinto que posso confiar menos e menos ainda por essas escolhas, sinto que ele senti medo de perder as opções dele, principalmente envolvendo a nossa amizade e sexo. Quando as aulas recomeçarem, eu vou ter problemas reais para focar e irei deixar todos de lado, não confio nele e nem sinto que posso contar com ele, que antes do que eu imagino, ele irá me dar um pé ou simplesmente me bloquear do nada. Sinto que devo me afastar, pensar mais na minha pessoa e não me preocupar somente com o bem estar dos outros, que estão nem aí para a minha existência. Não tenho ninguém, apenas segundas intenções e interesses próprios, desde sempre é assim e dessa vez não é diferente. Agora, ele tem com quem conversar, então não precisa ficar o tempo todo tagarelando e a gente se acostuma a tudo, porém se desacostuma mais rápido ainda e esse é o objetivo. Investir em pessoas novas, sem ficar mendigando por atenção ou me sentir insegura. Vou aproveitar as oportunidades, mas não sinto vontade de ver a cara do meu ex ficante, me esforcei para gostar e confiar em outra pessoa para ela quase ir embora do nada, o próximo passo seria me bloquear no WhatsApp. Pelo menos não vou precisar ver ele no ônibus municipal ou intermunicipal, então essa enrolação não mudará o que penso sobre os próximos passos dele. Fico sozinha e aprimoro a minha atuação em relações vazias e falsas.

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Criado por Erika Galvão, 2024.

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