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Sem segunda opção

Às vezes, por sermos criados em um país cristão, crescemos tratando o sexo como algo sujo desde pequenos, e somos forçados moralmente a seguir tradições repassadas por gerações. Enquanto outros países tentam lutar contra esses estigmas passados por nossos antepassados. A relação sexual não deveria ser tratada como algo tão suja, como se toda a mulher devesse ser igual a virgem Maria ou estéril igual Ana, aguardando um milagre para engravidar. O problema disso será explicar, que foi um milagre divino e estava fora de suas opções, o pior ainda seria um homem acreditar que não foi corneado. Adoro realmente ver diferentes culturas, como os franceses nesse quesito e entre outros países. Desde pequena, eu ouvia sobre a vulgaridade de certa emissora que abordava diversos temas. Não para instigar, entretanto mostram o que os nossos pais não nos ensinam muitas vezes e aprendemos na rua ou na prática.

Sinto desejos que muitos criticam como algo sujo, entretanto não consigo ver isso e nem imoralidade de fazer algo para satisfazer os meus desejos. Não deveria precisar guardar lá no fundo obscuro da minha mente, pouco me importa o que os cristãos, evangélicos ou outros religiosos pensam sobre quem eu sou, que parem de fazer de púlpitos os palcos públicos e instigar o ódio. Nem existem garantias em criar as crianças em religiões e ainda muitos forçarem a seguir nesse caminho,. O que me levou a sentir mais raiva e tristeza por ser tratada como segundo plano sempre por causa da igreja, criei as minhas ideias e segui o meu próprio caminho. Não nasci para ser submissa, nem mesmo na cama, nem preciso ir para a cama com uma única pessoa do sexo oposto para todo sempre e nem mesmo com a mesma pessoa. A imoralidade é quebrada depois da primeira curtida e nos libertamos. Foda-se a voz da moralidade, vou ao paraíso e volto em minutos com alguém habilidoso, se eu não gostar, daí é problema meu e talvez seja o único paraíso a conhecer.

Muitas dessas pessoas falam tanto sobre a importância de relacionamentos e a fidelidade, porém eles acabam decorando e repetindo tanto, que esquecem do significado dessas palavras, são hipócritas e não vivem o que dizem. Sinceramente evito adultérios, não pelos crentes dizer que é pecado, mas por ser injusto com a outra mulher que cuida da casa, lava cueca do macho e cuidam do filho do caboclo desgraçado para suportarem isso. Por eu ter consciência dos meus atos e a dor que isso causará, preciso resistir aos encantos falsos e fajutos. Não nasci para ser esse tipo de mulher, trouxa e chifruda, o mais irônico é que quando recuso, eu digo o que eles deveriam me dizer, se eu tivesse interesse em ser amante e não preciso de argumentos para me convencer. Fico com quem eu quero, héteros, lésbicas, casais ou até mesmo frequentar ambientes completamente voltados para uma putaria... Estou solteira, livre e solta. Se quiserem me comover com suas histórias até onde convém, que crie vergonha na cara, antes de usarem as crenças e o amor incondicional divino. Antes de tudo vivam o que pregam para dar autenticidade aos seus próprios sermões e use o seu dedo para fazer algo produtivo, ao invés de socar na cara dos outros e levarem um tombo da verdade que sempre aparece. Antes de procriar, evolua, seu filho não merece um pai que menospreza o amor ou as limitações.

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Criado por Erika Galvão, 2024.

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