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Sensações diferentes


Como me ver feliz? Me leva ao parque de diversão, com brinquedos carregados de adrenalina, que entrará nas minhas veias como se fosse injetado. Os altos e baixos eram como as emoções todas ao mesmo tempo, quase se manifestam ao mesmo tempo, por frações de minutos. Parece que alguns dias estou no topo da montanha russa, que só existe um caminho de ida e sem volta, porque é um caminho que está todo esquematizado e com voltas. Mesmo sem opções, o erro é parte do processo, portanto queremos evitar de imaginar ou calcular uma escapatória. Pensamos que tudo acontece apenas com os outros, até o raio cair na nossa cabeça e sermos surpreendidos por sermos os escolhidos. Vivo cercada de seres que adoram lembrar os riscos existentes de viver, é desmotivador cada palavra, hipótese, histórias e as estórias, mas em cada volta me sinto livre e ninguém compreende o que é isso, digamos que sinto algo brotando nas minhas veias, como uma terra fértil para cultivar sentimentos e o principal é sentir a vida se esvaindo aos poucos do meu corpo. Parece que o prazer de alguns é me deixar presa no ninho chorando, quase louca e na coleira, não tenho amigos e nem um ficante fixo. É uma vida melancólica e poucas vezes fui livre, a minha vida é uma roda gigante, que já tentei pular e me vi morta no chão em uma lagoa formada pelo meu próprio sangue. Enquanto eu fico presa no meu loop infernal por minutos que parecem séculos, fico revivendo tragédias criadas pela minha mente. A superproteção me faz sentir presa, sem adrenalina e sem muitos neurotransmissores, a maior ação presente na minha vida é a Netflix com um catálogo bem variado. Tenho medo de morrer nesse sofá, mas o que mais me assusta é ser torturada até a morte e ser enterrada como desconhecida. Sempre corremos o risco da visita da morte em qualquer dia, o parque é só mais um lugar com cobaias expostas, cientes, se divertindo e buscando emoções. Ao longo desses anos de pandemia, o risco era constante diariamente e o vírus estava em todos os lugares, ainda vitimizou inúmeras pessoas, mas isso causa medo com zero sensações radicais e a minha adrenalina já deve estar até vencida por conta disso. Me sinto uma morta viva cercada de predadores e não sou inocente, pois sou capaz de quase tudo pelo bem estar de cada um.

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Criado por Erika Galvão, 2024.

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