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Ano passado, a minha dignidade ficou metade na farmácia e a outra metade na escada do ônibus. O pior é que ainda me dói o braço e não sei se a minha cabeça dói por isso e se o machucado na minha cabeça foi por causa desse tombo. Quando você tem 1,80 de altura, qualquer queda se torna grande e impactante. Nunca vou esquecer da cara de todos ou o que disseram, mas quem riu, me fez rir junto e não chorar de dor, então não achei cruel e nem me aborreci. Sempre fui um ser desajeitado, que se atrapalha com as sacolas, fio do fone de ouvido, bolsa, sempre acabo batendo algo nas pessoas e entre outros. Se me sinto mal? Sinto, mas já estou acostumada em ser um desastre ambulante. Precisei comprar uma garrafa para manter a minha bebida gelada e esconder a minha bebida, já que eu só poderia carregar água e não bebo água. A garrafa era gigantesca até, ela vivia caindo, uma vez na hora da descida, o fone se prendeu e eu preciso devolver a passagem, daí eu precisei abaixar a minha cabeça pela mistura que eu fiz e devolver a minha passagem, enquanto o motorista pensou que eu ia contar um segredo. Entretanto nada a declarar e vida que segue, pelo menos nessa época eu não caía, não satisfeita em cair, eu tombei na frente de um ex amigo íntimo, o constrangimento no momento foi maior que a dor e logo em seguida comecei a sentir dores no braço e cabeça, e foda-se o meu ex. Por sorte fui liberada do estágio nesse dia, daí pude "lamber as feridas" em casa, por mais que a minha mãe me critique por eu ser assim, eu puxei isso dela e ela sabe lá no fundo, um pouco mais ou menos, tanto faz, ela também é assim (um pouco menos). Não sei como algumas pessoas conseguem serem tão organizadas e eu tão bagunçada, eu tenho um histórico com tombos na escola, tipo quando eu estava correndo atrás de um colega para bater nele e escorreguei no barro, em que caí ajoelhada e foi o assunto da escola inteira naquele dia. A minha vontade era mudar de escola e tem os tombos no futebol, os mais marcantes: foi um na quadra da escola e outro na frente de casa. Que resultaram em machucados frios no meu joelho, que ainda sinto até hoje, quando vou ajoelhar e sinto muita dor mesmo. No turno do meu pai, eu caí do chiqueirinho (cercadinho), que por milagre resolvi praticar uma atividade física e escalei, resultando em uma batida de cabeça feia no chão e a minha desistência por esportes, meu pai ficou com medo de matar o bebê da minha mãe, a primogênita, já ele tinha 3 filhos e não ficaria sem nenhum. Tento usar essa porrada como desculpa (para eu mesma) para todos os erros insanos que eu cometo constantemente e insanamente.
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